terça-feira, outubro 18, 2005

Vizinhos

Há de todos os géneros e feitios. Os gordos, os magros, os altos, os minorcas, os cuscos, os discretos…

É engraçado como nos referimos aos nossos vizinhos quando estamos a falar em família.

Muitas vezes basta uma palavra e sabemos logo de qual se trata. Pode ser “o manco”, “o taxista”, “o homem do gato”, “o irlandês”, “a casa do senhor doutor”, “os gémeos”, “a rapariga que atravessa atrás do 20”, “o homem do fato de treino”, “a mulher dos gatos”… enfim, tantos, tantos!!

Mas os vizinhos são seres tão engraçados. Sabemos tanto e tão pouco sobre eles.
Há aqueles vizinhos que vemos quase todos os dias, ou pelo menos uma vez por semana, mas com quem nunca falamos, porque nunca se proporcionou. Mas o engraçado é que se os encontrarmos do outro lado do planeta, somos capazes de lhes fazer um grande sorriso e perguntar “então, por aqui? Também veio passear?”.

Isto falando do modelo que abrange todas as faixas etárias. Se misturarmos Internet à conversa, a coisa muda, e em vez de ser do outro lado do planeta, basta encontrarmos um(a) vizinho(a) num programa qualquer para se dizer abertamente “eu vejo-te, eu conheço-te” e daí, quem sabe, criar laços de amizade.

Isto tudo para dizer que sabe bem ter vizinhos, ter o nosso cantinho no mundo onde basta irmos à janela para vermos uma cara conhecida. Sabe bem pensar que as viagens para o “martírio” (aulas, escola, faculdade) podem ser menos tortuosas se formos na companhia dos nossos vizinhos…quando aparece!! (há-de haver alguém que ao ler deve sentir-se picado…).

Claro, não posso esquecer que também há aqueles vizinhos, mais as vizinhas, que falam, falam, falam, falam (falam)…aqueles que metiam conversar com os pais quando éramos crianças e estávamos ansiosos por chegar a casa (para brincar, ver desenhos animados, fazer xixi..)…

Enfim, coisas que de certeza acontecem em todos os bairros, mas que me fazem ter uma adoração especial pelo meu (menos aquela rua que detesto subir e a outra que detesto descer).

Até os gritos irritantes, e os pontapés nos caixotes do lixo, que quase todas as noites oiço, me fariam sentir saudades deste meu cantinho debaixo da ponte.

Depois há aqueles vizinhos que vão à janela e gritam “LUMYYY”…mas isso já são outras freguesias…

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Priminha

Bem fixe. "Lummy. 45 é ca igual a 5. Odete pom pom pom na boca. Vizinha bu ta mora la di riba".

Beijinhos e até Sábado em Alhandra.

quarta-feira, outubro 19, 2005 10:18:00 da manhã

 
Anonymous Anónimo said...

Aloooo.... à uns dias k não lia aki os teus desabafos e hoje fartei-me rir....
com k então "há-de haver alguem k ao ler isto, se vai sentir picado..." loll
não sei de kem é k estas a falar, mas ñ é um tipo esperto concerteza, em ñ aproveitar a tua companhia :) beijocas
P.S. vou começar a vir aki mais vezes, k isto tá giro ^_^

terça-feira, novembro 01, 2005 11:28:00 da tarde

 

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