Um dia diferente...saudável
Este Sábado foi diferente, especial.
Dormi pouco mais que sete horas, pouca passava das nove da manhã e o telemóvel tocou. Quem seria? Só podia ser uma pessoa. Ainda estava com voz de sono, e eu temi que fosse para desmarcar o combinado. Mas surpreendeu-me, não era. “tens daquelas bolsinhas de pôr à cintura?”. “sim, tenho” , respondi eu.
Ainda esperei que alguém saísse da casa de banho, e lá fui eu. Tomei um bom pequeno almoço e depois, bolsinha à cintura, chaves na mão, e lá fui eu para a paragem do autocarro. Ainda demorou um pouco (se aos dias de semana já demora, imagine-se como é ao Sábado). Tinha como destino Algés. Saí do eléctrico e procurei em todas as direcções. O sol encadeava-me a vista. Até que de repente vi uma mão a acenar-me. Era ela, a minha prima, a Dê. Afinal já não era só eu que tinha uma bolsinha de pôr à cintura!!
Fomos para a paragem esperar um novo autocarro, um que nos levasse ao nosso destino, para fazermos o que tínhamos planeado. Entrámos no setenta e seis da carris, a caminho do Estádio Nacional. Não sabíamos muito bem em que paragem sair, e fomos até ao terminal. Devíamos ter saído na penúltima paragem. Confesso que a culpa foi minha. Tínhamos de cortar caminho, mas por caminhos privados, que um senhor gentilmente nos permitiu pisar.
Chegámos. Andámos, andámos, conversámos, andámos, fizemos ginástica, corremos, subimos um pouco e parámos. Não para descansar, mas para fazer outro tipo de exercícios. Abdominais! Flexões! Vi mais abdominais do que pensei ver…mas para a semana haverá mais!
Recomeçámos a andar, fomos até à capela da Boa Vista. Que linda paisagem. O rio Tejo, Caxias, a marginal, tudo à volta era verde. Estava a haver missa, parámos para reflectir. Prosseguimos a caminhada. Mas agora para baixo. Já ali estávamos há duas horas e tal.
Passámos pelo complexo de piscinas, onde parámos para ter informações sobre preços e horários disponíveis. Decidimos ir lá de vez em quando.
Pensámos ir a pé até casa, mas o cansaço era tal e a distância imensa que achámos por bem esperarmos novamente pelo setenta e seis da carris. Este deixou-nos em Algés. Fomos ao supermercado buscar peixinho para o almoço. Situação cómica a que vivemos. Só havia três euros para se gastar, mas quanto seria o peixe? Ok, foi um euro e cinquenta e três cêntimos. E quanto será este saquinho com dois pêssegos? Será que chega? Ou será que teremos que passar pelo inconveniente de dizer “desculpe, afinal isto fica porque o dinheiro não chega!”. Não, chegou e sobrou.
Mais um tempo de caminhada até casa.
Finalmente em casa e o que mais me apetecia era um copo cheio de água e uma banheira para me lavar. Banhinho tomado. Estava então na hora de preparar a salada enquanto o peixe grelhava.
Aprontou-se o almoço e “p’rá mesa”. Entretanto recebi um telefonema, era a grávida a convidar-me para ir com ela à feira “mamãs e bebés”…com outra grávida! Imaginei-me com elas para trás e para a frente, sempre a ouvir falar de bebés, de biberões e fraldas, e infantários, e médicos…enfim, preferi não ir! Ainda ia contra algum dos quantos barrigões que por lá andavam!
Bom almocinho, boa conversa, mas era hora de voltar a casa. Mas não definitivamente, era apenas para pôr uma roupa mais apresentável para ir às compras.
O resto do dia já não tem grande relevância para o que eu queria transmitir. Há coisas que nunca pensamos fazer porque nunca nos dispusemos a pensar como seria bom fazer. Fica-se então naquela coisa de sempre. Até que se decide inovar e fazer coisas diferentes, em sítios diferentes. E é óptimo chegar ao fim do dia e pensar que valeu a pena, tanta que merece repetição!
Foi hora de dizer “sim, posso, quero e sou” em vez de dizer os tão repetidos “não posso, não quero, não sou, não tenho tempo”. Ter tempo é ter disponibilidade. Tanta gente que está sempre ocupada, e tanta gente sem ocupação. Mas todos dizem o mesmo “não tenho tempo”, mas o curioso é que os mais ocupados de verdade, são os que menos dizem “não tenho tempo”. Porque esses criam tempo, e fazem as coisas de forma a que aquele dia em vez de vinte e quatro horas tenha mais uma ou duas horas.
É o que se passa quando se diz que não se consegue. Acredito que muitas vezes não se consegue porque falta um pouco de força de vontade, empenho e motivação. E o erro, por vezes, é pensar que tem de haver motivação para uma só coisa, quando tem de haver uma motivação que influencie tudo o que nos diga respeito.
2 Comments:
Priminha,
o comentário que está no "Velho" é para este "um dia diferente ... saudável", capiscaste?
Beijinhos. Dé.
P.S. Mas este texto do "velho" também está um miminho.
Xoxinhos e até Sábado Dé.
segunda-feira, setembro 26, 2005 9:49:00 da manhã
Achei imensa graça ao que disseste sobre as grávidas...são todas iguais, mesmo!
A Mafalda também foi assim, passou meses agarrada a livros e não podia ver uma lojinha de nenê..
sábado, novembro 04, 2006 9:17:00 da tarde
Enviar um comentário
<< Home