Pelo que aprendi em psicologia de 12º ano, a motivação é um cnjunto de forças que sustentam, regulam e orientam acções para determinados fins. Aprendemos também o ciclo motivacional que consiste em cinco elementos, a necessidade, o impulso, a resposta, o objectivo e a saciedade.
Este ciclo diz que a necessidade é o desequilibrio causado por falta de algo, e que essa mesma necessidade vai provocar o impulso, que é a activação para um comportamento. Este impulso não tem significado se não houver resposta, isto é, toda a actividade desencadeada pelo impulso. Claro está que este três elementos implicam um objectivo a atingir e com isso a diminuição da necessidade que desencadeou este ciclo.
Ora, reflectindo sobre isto, vejo que o comportamento motivado tem sempre um fim e que o ciclo motivacional só se fecha quando o objectivo é atingido.
Assim sendo, e transportando esta teoria para a vida do dia-a-dia, vejo que a motivação é algo essencial para que se criem objectivos reais e se aumente a auto-estima.
Mas não é assim tão linear quanto parece. Imagine-se um estudante que procura alcançar o objectivo de ter boas notas. A força que impulsiona o aluno a procurar a obtenção de notas é activada, o objectivo é traçado. E depois? E depois há duas hipóteses possíveis, o sucesso ou o fracasso.
E estas duas hipóteses são muito relativas e penso que são a base para o ínicio de um novo ciclo ou a queda num abismo. O fracasso ou o sucesso podem ser vistos de duas perpectivas, a perspectiva interna, isto é, de quem procurou alcançar o objectivo e a perspectiva externa de quem vê o sucesso ou o fracasso de fora e faz logo o "filme todo".
E é aqui que começa tudo. Se um estudante consegue notas, é habitual só olhar-se para a o último elemento do ciclo motivacional e ninguém se importa com o resto do ciclo motivacional.
Mas, se pelo contrário, o aluno não conseguir alcançar o seu objectivo, tem que suportar o seu próprio fracasso e ouvir comentários externos. É duplamente frustrante e ninguém se apercebe disso. Ninguém se preocupa em tentar perceber se houve ciclo motivacional e se houve, quais os motivos que levaram ao fracasso. É como se fosse algo somente dependente de variáveis internas, isto é, apenas situações que o aluno pode controlar, e nunca se pondera a hipótese de variáveis externas.
Está aqui o meu desabafo.